Significado da abstração (o que é, conceito e definição) - Sobre-Meaning.com

O que é abstração:

Abstração é uma capacidade intelectual que consiste em separar um elemento de seu contexto para analisá-lo e conceituá-lo.

A palavra vem do latim abstrahĕre, que significa 'arrastar', 'separar' ou 'separar'. Dessa forma, abstração significa ação e efeito de deixar algo de lado para entendê-lo.

A abstração é útil e indispensável para a formação do conhecimento humano. Na verdade, todo conhecimento passa por um processo de abstração que resulta em um "conceito abstrato", ou seja, uma ideia ou noção.

Portanto, os seres humanos são dotados de capacidade de abstração, ou seja, a capacidade de selecionar segmentos da realidade e analisá-los de forma ordenada e sistemática.

As ciências humanas, ciências naturais, ideologias, religiões, mitos e artes são o resultado de processos de abstração de diferentes tipos ou graus.

Abstração em filosofia

Para a filosofia, abstração é uma operação intelectual que isola uma certa propriedade do objeto para estudo, análise e reflexão. O objetivo dessa operação mental é compreender a essência última das coisas.

O filósofo grego Aristóteles propôs que qualquer processo de abstração parte da análise de dados empíricos. Segundo o filósofo, três graus de abstração formal podem ser reconhecidos.

Primeiro grau de abstração (física)

O primeiro grau de abstração é aquele que capta e analisa a natureza da ordem sensível (matéria), ou seja, aqueles elementos que "estão" em sua matéria, que são chamados de "seres móveis". Desta forma, refere-se à ciência da física, mas outras ciências naturais como a química e a biologia também fazem o mesmo.

Segundo grau de abstração (matemática)

O segundo grau de abstração é aquele que estuda a "entidade quântica", ou seja, a quantidade. Dispensa a "entidade móvel", pois, embora tenha uma realidade material, a "entidade quântica" pode ser analisada de forma independente. O segundo grau de abstração é característico da ciência matemática.

Terceiro grau de abstração (filosofia)

O terceiro grau de abstração centra seu foco na própria entidade, ou seja, em sua dimensão "transcendental", e separa a "entidade móvel" (matéria) da "entidade quântica" (quantidade). Inclui entidades que não requerem matéria para "ser", embora possam ser dotadas de uma ou podem ser imateriais (imaterial não deve ser confundido com espiritual). Este grau refere-se à metafísica e, portanto, à filosofia.

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Abstração em psicologia

Segundo Jean Piaget, pode-se falar de dois tipos de abstração do ponto de vista dos processos psicológicos: abstração simples e abstração reflexiva.

Abstração simples É o que permite ao indivíduo extrair informações dos objetos, ou seja, da realidade sensível.

Abstração reflexiva É aquele que permite ao sujeito extrair conhecimento de suas ações sobre a realidade sensível.

Abstração em arte

Picasso. Esboços que refletem o processo de síntese gráfica e abstração do motivo do touro.

Na arte, abstração refere-se à análise e representação dos elementos plásticos da composição separados dos referentes figurativos. Por exemplo, o ponto, a linha, a cor, a geometria, o volume, a massa e os próprios materiais.

Assim, a arte abstrata renuncia à imitação e ao figurativismo e lida com formas essenciais, todas abstraídas de objetos presentes na natureza ou na realidade sensível.

A abstração nas artes plásticas existe desde tempos imemoriais. Isso pode ser visto, por exemplo, no uso de motivos geométricos do período Neolítico.

Porém, como movimento, a arte abstrata funda-se na contemporaneidade, resultando em uma série de correntes distintas, agrupadas em uma categoria denominada abstracionismo.

Tipos de abstração

Vasili Kandinski: Amarelo, vermelho e azul. 1925.

Dentre os principais tipos de abstração em arte, podemos listar os seguintes:

  • Rayonismo (1909): representado por Mikhail Larionov e Natalia Goncharova. trata da transcrição plástica do fenômeno luminoso.
  • Abstração lírica (1910): representado por Vasili Kandinski. Use elementos plásticos com liberdade de composição com ênfase na harmonia entre os elementos.
  • Construtivismo (1914): representado por El Lisitsky. Ele incorpora geometria espacial, bem como ferramentas, técnicas e materiais modernos.
  • Suprematismo (1915): representado por Malevich. Ele aborda a composição por meio da geometria plana.
  • Neoplasticismo (1917): representado por Piet Mondrian. Limite os recursos plásticos ao uso de linhas retas e cores primárias.
  • Expressionismo abstrato (c. 1940): representado por Jackson Pollok. Ele concebe a tela como uma expressão não deliberada do artista através do automatismo e da improvisação não figurativa.
  • Informalismo (c. 1950): representado por Henri Michaux e Antoni Tàpies. Adicione uma preocupação com os materiais ao automatismo e improvisação do expressionismo abstrato.

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