Qual é a lei da conservação da matéria?
A lei da conservação da matéria é aquela que sustenta que, dentro de um sistema fechado, a quantidade de matéria que participa de uma reação química é constante.
Entendemos um sistema fechado como um ambiente que isola os componentes envolvidos na reação de fora, como um recipiente selado.
Quando a transformação é realizada por meio de um processo físico, nenhuma alteração é observada nas massas.
Em outras palavras, se enchermos um recipiente com água e o congelarmos, a quantidade de água não aumenta nem diminui, apenas muda seu estado de líquido para sólido.
O processo não altera a massa dos elementos que participam da reação, apenas provoca uma nova organização em sua estrutura. Teremos a mesma quantidade de matéria no início e no final desta reação.
A afirmação que melhor descreve o que esta lei postula é:
“Na natureza nada é criado ou destruído, tudo se transforma” (A. Lavoisier, 1785)
A lei da conservação da matéria foi desenvolvida no século 18 graças a dois cientistas, Mikhail Lomonosov e Antoine Lavoisier, que chegaram a conclusões semelhantes em paralelo.
Numerosos fatos do nosso dia a dia demonstram o que sustenta este princípio básico da química.
Exemplos da lei de conservação da matéria
Aqui estão algumas situações que confirmam esta lei:
A decomposição da fruta
A redução no tamanho do alimento à medida que ele se degrada é notável. Essa matéria se transforma em gases que são lançados no meio ambiente.
Gelo derretido
Deixar um copo com gelo em temperatura ambiente derrete o gelo. A quantidade de substância que permanece no recipiente é a mesma, apenas seu estado é alterado.
Ferver água
A fervura da água também serve como exemplo, pois, ao ferver, a água é consumida e transformada em vapor, que permanece no meio ambiente.
Objetos enferrujados
Objetos metálicos, geralmente ferro, enferrujam devido à exposição ao oxigênio. O oxigênio reage com o metal, gerando uma camada de óxido em sua superfície.
Formação de compostos
Na formação da água, duas moléculas de hidrogênio (2 H2) reagem com uma molécula de oxigênio (O2) dando origem a duas moléculas de água (2H2OU). Como podemos ver na imagem, o número total de átomos entre reagentes e produtos não varia, existem quatro átomos de hidrogênio e dois átomos de oxigênio em cada lado da reação.
Descoberta da lei da conservação da matéria
A descoberta desta lei ocorre no século XVIII devido à preocupação existente na comunidade científica com a perda de matéria em determinados processos como a combustão.
Em 1748, Mikhail Lomonosov, um notável estudioso em diferentes artes e ciências, fez a primeira formulação desta lei.
"Em uma reação química, a matéria é conservada, sendo a massa inicial igual à massa resultante" (M. Lomonosov, 1748)
Anos depois, em 1785, Antoine Lavoisier, advogado, economista e cientista francês, reformulou a lei, acrescentando novas nuances.
"Cada elemento que participa de uma reação química retém sua própria massa após a reação" (A. Lavoisier, 1785)
Por esta razão, a lei da conservação da matéria também é conhecida como lei de Lomonosov-Lavoisier.
Os dois cientistas usaram, pela primeira vez, métodos para medir e pesar com precisão, o que foi um avanço importante para a química e contribuiu para a descoberta de suas leis fundamentais.