O que é histologia?
A histologia é um ramo da biologia que estuda os tecidos orgânicos de animais e plantas em seus aspectos microscópicos: características, composição, estrutura e função. Por isso, o microscópio é uma ferramenta fundamental.
A palavra histologia vem do grego histos que significa 'tecido', 'vara' ou 'barra' (no sentido de "em pé"). Inclui sufixo apresentar, que significa 'estudo ou ciência'. Portanto, a histologia estuda as estruturas mínimas que constituem os organismos dos seres vivos.
As aplicações de histologia eles abrangem ciências e campos relacionados tão diversos como anatomia, medicina, imunologia, patologia, fisiologia, citologia, nutrição, bioquímica, genética, pesquisa forense, agricultura e arqueologia, entre outros.
Ramos da histologia
Dentro da histologia, dois ramos fundamentais são conhecidos: histologia vegetal e animal.
Histologia vegetal
Visão do tecido da planta ao microscópio. Detalhe do estoma.
A histologia vegetal trata da análise de plantas, ou seja, seres vivos pertencentes ao reino vegetal. A histologia vegetal compreende o estudo de dois tecidos fundamentais:
- tecidos meristemáticos (tecidos de crescimento), que incluem tecidos primários e secundários;
- tecidos adultos, que incluem tecidos parenquimatosos, de suporte, protetores, secretores e condutores.
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Histologia animal
Visão de tecido humano ao microscópio. Amostra de sangue (detalhe de linfócitos).
A histologia animal estuda metazoários, ou seja, seres animais vivos.
O histologia humana está incluído na histologia dos animais, pois do ponto de vista biológico o ser humano faz parte do reino animal. No entanto, constitui uma área de interesse específica no que diz respeito à saúde.
A histologia animal inclui o estudo dos seguintes tecidos:
- tecido conjuntivo ou conjuntivo, que reúne as variedades de tecido cartilaginoso, tecido ósseo, tecido adiposo e sangue;
- tecido epitelial, que é o tecido que cobre as superfícies do corpo;
- tecido muscular, formada por células que usam energia química para gerar movimento;
- tecido nervoso, que se refere aos neurônios que transmitem informações úteis ao corpo.
Método histológico
O processo histológico refere-se às técnicas de histologia necessárias para estudar os tecidos. É baseado em uma série de etapas elementares.
- Introdução, em que o tecido é obtido (por exemplo, por meio de uma biópsia).
- Fixação, processo que visa preservar as características do tecido por meio de diversas técnicas.
- Inclusão, método de enrijecimento do tecido para facilitar os cortes para o estudo dos cortes.
- cortar, refere-se ao processo de corte de tecidos endurecidos, que são executados com a ajuda de um artefato denominado micrótomo.
- Coloração: é um processo que aumenta o contraste por meio da coloração, já que ao microscópio muitos tecidos ficam incolores.
- Observação: refere-se ao processo de observação e análise realizado pelo especialista através do microscópio, do qual é possível tirar conclusões.
História da histologia
Da esquerda À direita: o primeiro microscópio e seu inventor Zaccharias Janssen; Marcello Malpighi e Xavier Bichat.
Marcello Malpighi (1628-1694), pesquisador da Academia del Cimento, em Florença, foi considerado o pai da histologia porque pela primeira vez analisou tecidos ao microscópio, inventado no século XVI por Zaccharias Janssen. Ao mesmo tempo, Robert Hooke faria o mesmo e seria capaz de identificar a existência de células pela primeira vez.
O microscópio foi aprimorado no século 17 por Anton van Leeuwenhoek, que alcançou uma ampliação de 500x, graças à qual ele foi capaz de distinguir dois tipos diferentes de células: procariotas e eucariotas.
Histologia moderna
No século 18, M. F. Xavier Bichat foi designado o pai da histologia moderna, pois era capaz de classificar os tecidos e identificar a origem microscópica das doenças.
No século 19, o reconhecimento da célula como a unidade mínima dos seres vivos (H. Dutrochet, J. P. Müller e P. J. François Turpin) e como uma unidade estrutural e funcional dos organismos (F. T. Schwann e M. Schleiden) era essencial.
No século 20, 1931, Erns Ruska inventou o microscópio eletrônico com uma ampliação de 5000x, que expandiu a histologia para níveis mais altos.
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Importância da histologia
A histologia é de vital importância para entender o funcionamento dos organismos vivos, o que repercute na pesquisa médica e científica em geral e até na economia.
Por exemplo,
- Identifica as patologias que afetam a saúde, tanto por patógenos (vírus e bactérias) como por desequilíbrios no organismo como diabetes, colesterol alto, hemofilia, anemia, leucocitose, etc.
- Permite explorar hipóteses, identificar problemas e soluções através da cultura de tecidos.
- Promove o desenvolvimento da agricultura.
- Colaborar em processos de investigação criminal.
- Fornece informações especializadas para pesquisas arqueológicas.